terça-feira, 31 de julho de 2007

Fidel Castro destaca avanços da revolução cubana em artigo

Presidente afastado não comentou seu estado de saúde no texto. Mas voltou a se pronunciar sobre os Jogos Pan-americanos.
O presidente afastado de Cuba, Fidel Castro, destacou, nesta segunda-feira (30), os avanços da revolução cubana num novo artigo, no qual não comenta o seu estado de saúde nem a situação que vive o país na véspera de completar um ano afastado do poder. Fidel Castro, em 31 de julho de 2006, delegou seus cargos provisoriamente a seu irmão Raúl, por causa de uma doença intestinal. O seu texto também não comenta o crítico discurso do irmão mais novo, que em 26 de julho ressaltou a necessidade de realizar "mudanças estruturais" na economia cubana. "As datas comemorativas perderiam o sentido sem os avanços conquistados por nossa revolução, que são uma soma de exemplos e esforços realizados durante muito tempo", disse Castro em seu artigo. Na nota, divulgada em Havana por fontes oficiais, o líder cubano fala, mais uma vez, dos Jogos Pan-americanos e destaca a chegada das férias.
Castro ressaltou que "o mais importante êxito da revolução é a capacidade de resistir a quase meio século de bloqueio e privações de todo tipo". Ele alertou para "as ameaças futuras de preços inacessíveis" nos alimentos, devido à utilização de produtos agrícolas para a produção de biocombustíveis. O líder cubano lembrou em sua "reflexão", como chama os artigos que vem escrevendo desde março, a comemoração do 50º aniversário da morte de Frank País, mártir da revolução e da revolta contra a ditadura de Fulgencio Batista. "Os que lutaram por estes ideais nos conduziram aos níveis atuais de justiça social, com o pleno emprego para homens e mulheres de nosso país", acrescentou. Castro afirmou ainda que vai sentir saudades dos Jogos Pan-americanos, que terminaram no domingo (29) no Rio de Janeiro. "Em 59 ocasiões as combativas notas do Hino Nacional de Cuba foram ouvidas. Apesar de tudo!", destacou Castro. Dias atrás, ele havia denunciado a "repugnante compra e venda" de atletas, chamando de "traição" a decisão de quatro membros da delegação cubana de desertar durante o evento.
Com informações do G1

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