Da Agência Brasil
Em Brasília
A cobertura de serviços de saneamento nas áreas rurais do Brasil é pior do que em países africanos e asiáticos. A informação é do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que comparou os dados divulgados pelo 4º Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio com os da Organização das Nações Unidas (ONU).
O relatório, divulgado no final de março, mostra um crescimento da cobertura de saneamento nas áreas rurais de 10,3%, em 1992, para 23,1%, em 2008, mas destaca que ainda faltam soluções adequadas para a coleta e o tratamento dos esgotos domésticos.
Segundo o PNUD, a proporção de 23,1% dos moradores rurais atendidos por saneamento adequado é inferior à da zona rural do Sudão (24%), Nepal (24%), Nigéria (25%), Afeganistão (25%) e Timor Leste (32%).
Em 1992, 89,7% da população não tinham acesso adequado a esgoto; em 2008, eram 76,9%. Para cumprir as metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio até 2015 será necessário reduzir essa proporção para 44,85% nos próximos cinco anos.
O diretor de Articulação Institucional do Ministério das Cidades, Sérgio Gonçalves, explica que as realidades das áreas rurais do Brasil e dos países da África são muito distintas e não devem ser comparadas. “No Brasil, 80% da população mora na área urbana e no Sudão é o inverso e com características muito distintas”, afirma.
Segundo Gonçalves, o grande espaçamento entre as comunidades rurais dificulta a instalação de redes de saneamento. “As obras de saneamento rural são diferentes das urbanas. A dispersão das moradias torna muito cara a construção de redes de saneamento. Essa situação é amenizada porque nesses locais há água abundante para construção de poços e espaço para fossas, o que não acontece nas favelas”, esclarece.
O diretor do Ministério das Cidades afirma também que foram investidos R$ 4 bilhões de recursos do PAC para saneamento na área rural e que estão previstos outros R$ 4 bilhões para o PAC 2, mas que mesmo assim há dificuldades em cumprir os Objetivos do Milênio.
“O Brasil ficou muitos anos sem investir e temos um grande passivo para atingir as metas do milênio. Nem todas as obras ficarão prontas até 2015 e nas regiões Norte e Nordeste a situação é ainda mais difícil devido às grandes distâncias”, salienta.
De acordo com Gonçalves, a Fundação Nacional da Saúde (Funasa) está concluindo o Programa Nacional de Saneamento Rural, que deve ser lançado ainda este ano para ser implementado em 2011.
Fonte: UOL
A cobertura de serviços de saneamento nas áreas rurais do Brasil é pior do que em países africanos e asiáticos. A informação é do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que comparou os dados divulgados pelo 4º Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio com os da Organização das Nações Unidas (ONU).
O relatório, divulgado no final de março, mostra um crescimento da cobertura de saneamento nas áreas rurais de 10,3%, em 1992, para 23,1%, em 2008, mas destaca que ainda faltam soluções adequadas para a coleta e o tratamento dos esgotos domésticos.
Segundo o PNUD, a proporção de 23,1% dos moradores rurais atendidos por saneamento adequado é inferior à da zona rural do Sudão (24%), Nepal (24%), Nigéria (25%), Afeganistão (25%) e Timor Leste (32%).
Em 1992, 89,7% da população não tinham acesso adequado a esgoto; em 2008, eram 76,9%. Para cumprir as metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio até 2015 será necessário reduzir essa proporção para 44,85% nos próximos cinco anos.
O diretor de Articulação Institucional do Ministério das Cidades, Sérgio Gonçalves, explica que as realidades das áreas rurais do Brasil e dos países da África são muito distintas e não devem ser comparadas. “No Brasil, 80% da população mora na área urbana e no Sudão é o inverso e com características muito distintas”, afirma.
Segundo Gonçalves, o grande espaçamento entre as comunidades rurais dificulta a instalação de redes de saneamento. “As obras de saneamento rural são diferentes das urbanas. A dispersão das moradias torna muito cara a construção de redes de saneamento. Essa situação é amenizada porque nesses locais há água abundante para construção de poços e espaço para fossas, o que não acontece nas favelas”, esclarece.
O diretor do Ministério das Cidades afirma também que foram investidos R$ 4 bilhões de recursos do PAC para saneamento na área rural e que estão previstos outros R$ 4 bilhões para o PAC 2, mas que mesmo assim há dificuldades em cumprir os Objetivos do Milênio.
“O Brasil ficou muitos anos sem investir e temos um grande passivo para atingir as metas do milênio. Nem todas as obras ficarão prontas até 2015 e nas regiões Norte e Nordeste a situação é ainda mais difícil devido às grandes distâncias”, salienta.
De acordo com Gonçalves, a Fundação Nacional da Saúde (Funasa) está concluindo o Programa Nacional de Saneamento Rural, que deve ser lançado ainda este ano para ser implementado em 2011.
Fonte: UOL
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